Redutores de
Velocidade
Redutor de Velocidade o conjunto de coroa e
parafuso com rosca sem-fim ou de engrenagens acondicionada em uma carcaça com
sistema de lubrificação e destinado a reduzir velocidades.
A manutenção deste tipo de equipamento é critica,
pois problemas na transmissão de movimentos acarretam em prejuízo na produção
com a indisponibilidade do equipamento.
Redutores mecânicos de engrenagens são largamente
empregados para o acionamento mecânico de máquinas em diversos tipos de
seguimentos industriais.
Manutenção em Redutores de Velocidade
Manutenção
Preditiva
Técnicas de manutenção preditiva, dentre elas,
técnicas baseadas na análise de vibrações e análise do óleo lubrificante.
As primícias
básicas para implementação de uma manutenção preditiva baseada na Análise
de Vibrações, são que os sinais vibratórios provenientes do
equipamento a ser monitorado sejam obtidos sempre nas mesmas, posições e
condições operacionais.
Porém em muitos casos, não é possível a obtenção
dos sinais vibratórios sempre nas mesmas condições operacionais. Esta situação aumenta
muitas as dificuldades para a detecção e o acompanhamento de falhas em sistemas
de engrenagens.
Dificuldades estas proveniente do fato de todas as fontes de ruídos
fundamentais, além daquelas decorrentes do surgimento de algum defeito,
possuírem freqüências dependentes da velocidade de rotação do redutor, e
amplitudes dependentes do torque e da rotação que esta sendo transmitida, o que
além de confundir, dificulta muito a referida análise.
Dentro da Análise de Óleos existem diversos ensaios, em
várias situações nos deparamos com falhas crônicas de rolamentos em redutores,
onde após a análise do óleo, encontramos altos níveis de contaminação, mistura
de óleos de bases diferentes ou de viscosidades diferentes……, ou seja, não cumprindo
o papel fundamental para o qual foi especificado: a formação do filme
lubrificante.
Ensaios:
Viscosidade:
propriedade físico-química mais importante para o óleo, pois garante a formação
adequada do filme lubrificante. Neste caso recomenda-se sempre contatar o
fabricante para checar qual a variação máxima admissível em relação ao óleo
novo.
TAN
(acidez): Os
óleos industriais possuem caráter geralmente ácido em função dos aditivos
antidesgaste. O objetivo principal do acompanhamento do TAN é saber o status do
pacote de aditivos (se eles foram consumidos). Durante a utilização do óleo
lubrificante, a acidez diminui com o tempo (pelo consumo dos aditivos) para
depois subir novamente (pela oxidação). A oxidação causa o aparecimento de
ácidos orgânicos.
Teor
de água: a contaminação por água é
extremamente prejudicial, pois acelera a degradação dos aditivos. Os testes
mais comuns são: crepitação, destilação, Karl Fischer e espectrometria por
infravermelho.
Ferrografia: técnica
de monitoramento e diagnóstico da condição de máquina. A partir da
quantificação e análise da morfologia das partículas de desgaste determina-se
os tipos de desgaste, contaminantes, desempenho do lubrificante,…. Com estes
dados e a formação de histórico torna-se possível tomar decisão de parar uma
máquina ou não para reparo.
O fator preponderante para sucesso na aplicação da
análise de óleos, é que a Manutenção estabeleça uma frequência para realização
dos ensaios, que esta frequência seja obedecida rigorosamente, e que um
histórico seja criado, pois Manutenção Preditiva é fundamentalmente
acompanhamento de tendências.
Manutenção Preventiva
A Manutenção Preventiva quando bem executada
utilizando-se de ensaios não destrutivos como partículas magnéticas, líquidos
penetrantes, dureza e outros ensaios necessários, vem em muito auxiliar as
dificuldades encontradas nas manutenções preditivas.
Os principais cuidados na manutenção preventiva,
principalmente nos redutores de engrenagens são:
·
Na desmontagem, iniciar pelo eixo de alta rotação e
terminar pelo de baixa rotação.
·
Na substituição de eixo e pinhão, considerar ambos
como uma unidade, isto é, se um ou outro estiver gasto, substituir ambos.
·
Coroas e pinhões cônicos são lapidados aos pares e
devem ser substituídos aos pares, nas mesmas condições. Os fabricantes marcam
os conjuntos aos pares e, geralmente, indicam suas posições de colocação que
devem ser respeitadas.
·
Medir folgas entre os dentes para que esteja de
acordo com especificações.
·
Proteger os lábios dos retentores dos cantos agudos
dos rasgos de chaveta por meio de papel envolvido no eixo. Não dilatar os
lábios dos retentores mais que 0,8mm no diâmetro.
Conjunto de Engrenagens
·
Reversões de rotação e partidas bruscas sob carga
devem ser evitadas.
·
A lubrificação deve eliminar a possibilidade de
trabalho a seco.
·
A lubrificação deve atingir toda a superfície dos
dentes.
·
A lubrificação deve ser mantida no nível. O excesso
de óleo provoca o efeito de turbina que, por sua vez, produz superaquecimento.
·
Usar óleo lubrificante correto.
·
A pré-carga dos rolamentos ou a folga dos mancais
devem ser mantidas dentro dos limites recomendados. Essa medida evitará o
desalinhamento dos eixos. Eixos desalinhados provocam o aparecimento de carga
no canto dos dentes e suas possíveis quebras.
·
O desgaste dos eixos e dos entalhes dos dentes das
engrenagens não devem exceder os limites de ajuste. Se esses limites forem
excedidos, ocorrerão batidas devido ao atraso, recalcando os entalhes. Ocorrerá
desalinhamento, além de defeitos nocivos sobre os flancos dos dentes da
engrenagem.
·
Depósitos sólidos, do fundo da caixa de engrenagens
devem ser removidos antes de entrar em circulação.